sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vagas em Aberto...




. . .Em meio a uma crise que parece interminável, com milhares de pessoas demitidas, no jornal aberto em uma tarde de sexta-feira, se vê uma vaga em aberto em que ninguém a preencheu, no canto direito do jornal ao rodapé da página. A escrita estava em letras com formatos diversificados, tremulas e sem muito sentido, o anuncio dizia: Precisa-se de um amigo.
. . .A principio, todos que o leram o titulo em frente a banca na esquina com a escola, aparentavam um semblante triste ao ler uma simples frase com 4 palavras, varias pessoas se comoveram com o artigo antes jamais visto porem varias outras debocharam a ideia maluca, mas muitos entraram em contato com o escritor...
. . .No dia seguinte a publicação, foram constatados 25 retornos para o contato deixado, no mesmo dia, no mesmo canto do jornal, havia outra surpresa, a mesma pessoa persistiu com a ideia do artigo, porém acrescentando duas novas frases
:
-Amigos que não cobrem de outro amigo.
-Amigos que se importam com o bem de outro amigo.
°
. . .Espantosamente mais não inesperado dos 25 contatos o numero foi reduzido a 10...Novamente, mais um dia se passou e o artigo comoveu muitos que eram leitores diários do jornal e queriam acompanhar a iniciante ideia louca de um louco...Duas novas frases foram divulgadas, as quais eram
:
-Amigos que aceitem não ser amigos.
-Amigos que não sejam mais um clichê como todos.
º
. . .Dos 10 contatos o numero foi reduzido a 2, e a historia se espalhou pela cidade, que um jovem louco estava publicando que procurava um novo amigo pelo jornal, muitos espantados com a possível falta de capacidade do jovem, o julgavam dizendo que isso era tolice, mas ao publicar seu ultimo artigo visto pelos leitores, vinha um texto dizendo o motivo de todo este atordôo:
"Não escolhemos os pais, não escolhemos do que vamos gostar, não escolhemos nossos extintos, procuro um amigo que não seja como todos os outros inúteis, que só riem por rir, que só se preocupam por ser educados, que só liguem por ligar.”
Por fim o jovem não conseguiu o seu objetivo aparente, mas ele conseguira algo maior que o mesmo já esperava alcançar com seu pequeno delito, que os leitores do jornaleco matutino repensassem se eles tinham um amigo, se havia a quem confiar seus segredos mortais, um alguém que lhe dissesse que era amigo, pois amizade de ambos os faziam bem, ou tinham apenas um amigo que se encaixava como um “amigo clichê” de um livro mal sucedido vendido na mesma banca de jornal com a esquina da velha escola...

Nenhum comentário: