quinta-feira, 2 de junho de 2011

bonitate





E no estante em que o teto estava desabando um surto de força não foi encontrado nem nas esperanças de uma breve despedida. Foi então, não mais que então, que um barulho incomum o chama de volta a realidade. Seria um sonho, ou, seria um pensamento cansado e sereno diante tanta realidade e ditos vividos no dia a dia...

E no tempo em que uma gota escoa das nuvens em um movimento inclinado lembrando a quem ela toca que a matéria se torna algo que absorve, como se os papeis não fossem arvores, como se as tintas não fizessem pinturas, e nem que você voasse o mais alto o possível, conseguiria se salvar de uma gota que de pequena se torna sensitiva. A raiva se torna um poço, um poço de água da chuva, com os ouvidos que se ferem a cada observação de som, um sentido de incompreensão, de desprezo por ter todas as armas e não ter coragem de usar nenhuma a própria ajuda.

Aos sensos, um tremor; Tremor de alegria, de felicidade, de sustentáveis pilares, feitos das vigas de um carinho, recorrente a todos os meios que surgirem, que te liguem a esta realidade que parece tão fixa em momento, mas que ainda sim o sonho parece algo instantâneo. O pensamento que te faz entrar em um funcionamento com o corpo, que se desprende das demais funções vitais, sobrando apenas a sensação e o aroma de algo quase indescritível.
Dos prazerem, o silencio se torna algo inadmissível enquanto houver água nos olhos, pois então, eis que aqui estamos, e ainda sim a frase não me sai da cabeça.

Esperto era Chico, pois sempre se perguntava antes: E agora José?

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