quinta-feira, 14 de abril de 2011

Caminhar





Se da verdade eu não precisasse derramar uma lagrima ao sorrir dizendo que não é a perfeição que te leva ao paraíso, acho que me machucaria mais ao continuar falando e ter que te encarar sempre ao sorrir tentando te abraçar.
E quando eu acenar de longe dizendo adeus, não se assuste se eu desse um passo em falso querendo continuar perto de você, será apenas uma pequena distração de que meu corpo estaria cedendo a seu cheiro que ao passar o rosto parece se desprender tão devagar que não sei o que fazer a não ser continuar ate que o tempo acabe.

Deixe-me apoiar em você com um sorriso, uma tristeza ou um ato indeciso. Deixe-me sorrir experimentando 5 minutos de olhar fixo em seu rosto, me deixa dar pequenos risos de prazer sem ter que explicar o porquê do ato ocorrido. Deixa-me colocar sua mão e ver que você faz meu peito tremer e meu corpo arrepiar de tão bem que você me faz só de sorrir um pouquinho, fazendo tudo ao redor parecer menos colorido e mais insignificante.

Usarei sempre a desculpa do grão de areia no canto do olho, esquecerei que no trabalho sou um qualquer, que em casa sou mais um ou que na rua sou um pontinho visto do satélite... mas por alguns poucos minutos, deixe-me fazer e experimentar de algo tão pouco escrito em livros, tão pouco vividos na era romântica dos antepassados ou melhor ainda do que nadar nu em um dia ensolarado.
Ok! Do sinal verei você partir, já me sinto desprotegido de tanto não saber explicar e recorrer ao aconchego do seu abraço, quando não mais do que uma mordida no lábio eu vou abrir a boca sonolento como um convite querendo dormir protegido por uma noite, e viver a sonhar com algo que ninguém dará tanto valor como a quem sentiu. Não a um narciso, não a uma roda de amigos no trabalho, não a um banquinho em uma inacabada casa da arvore mal planejada, não a um sonho mal interpretado... pelo abraço, pelo toque das mãos, pelo olhar andando na rua, pelo empurrão sorrindo provocativo como sempre. Poxa, isto tudo em um semáforo, e ele já ficou vermelho, mas estou olhando para o chão, sem intender porque minha perna não se move, quando vejo uma corda amarrada a outras milhares de pessoas que nunca tentaram pular e soltar de uma sena que os pequenos 3 minutos do sinal fechado são como um quebra gelo. Esperar a agua derreter, é esperar o tempo passar, mas a agua vai acabar nos matando afogados e aquela beleza que um dia fora tão desejada, se foi junto com o ultimo sorriso que guardei.

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