segunda-feira, 12 de abril de 2010

Corpo e criatura.





E então eu te disse: vamos ser felizes e a toda gota que sair dos olhos daremos um beijo. Mas parece que tudo ficou calado de repente, tudo esfriou, ficou pesado a ponto do calafrio ser o menor dos pejares que sentiria em seguida. O mundo, este mundo, o nosso mundo está nos definhando que dor é essa que não está deixando lembrar de você.

Uma mão serve também para estender a ajuda, mas esta corda que lhe apresenta tem um fim! Seremos mágicos de subir sem estar amarrada no topo? Porque se recusa a limpar meus olhos como colirio enquanto o mundo está sendo sugado em um buraco negro de ilusão.

Não me abrase mais sem estar presente, sinta-se útil em meio a esta bula de ética e moral. Tire-me os dentes então, para não sorrir, mas não surre um corpo em vão momento algum. Me alimenta com sua calma, e limpe minha mente desse céu fechado para que não chova.

O canil de sentimentos está lotado, todos os cães ressuscitaram quando de moribundos pensávamos estarem mortos, mas sempre surge um latido quando não se dá atenção ao ambiente, vivamos então para entender até que ponto uma criatura se volta contra seu criador.

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