terça-feira, 13 de março de 2012

Tregua

A dor é um pouco sombria se analisarmos de frente, por mais que seja como os vírus e bactérias que quando vão embora nos deixam imunes, ainda sobra uma cicatriz que nunca mais a pele voltará a ser a mesma, sem música dessa vez, sem umidade dessa vez, ao menos no rosto. Volte riso, volte a tapar meus olhos e ouvidos, volte para onde não deveria ter saído justo quando precisam de um pilar. Este estado de lassidão, não tenho entendimento, não tenho a resposta, não é a mesma de sempre, os sons não diminuíram como prometido, a química não faz o efeito desejado mais.

Sempre penso na trégua, será que um de seus motivos era para o descanso do exército para voltar a luta quando estivessem preparados para tal? Precisamos de uma trégua, motivação. Melancolia faz mal até aos melancólicos que faltam lítio no corpo, o riso é o que nos motiva para vencer as grandiosas dificuldades, o amor é a base de toda a vida, o carinho, afeição, sempre precisaremos de alguém ao nosso lado. Tristeza? Sim, temos e muita, mas esconder é burrice, lutar de frente sozinho é desespero; Somos parte de nossa parte, suor de nosso trabalho, provocadores de nossos humores. Nunca cairemos por mais que nos tentem derrubar, porque sempre teremos um ombro, uma mão, um corpo pronto a nos ajudar. Sempre!

Quando julgamos a veracidade e intensidade da alegria dos outros, talvez seja a hora de pensar o porque nos preocupamos em cuidar (sentido da palavra:ruim) da vida dos outros, os sentimentos do homem oscilam entre bons e maus, fortes e fracos, alegres e sem explicações. Não podemos pensar no que falta, isso é retroceder, não somos seres que descem em sua evolução, afinal, somos a única espécie capaz de evoluir de tal grandiosidade e expansão. Mesmo com o código de honra das aves, a organização das formigas, a paciência dos besouros e a lealdade do cão, os homens são admiráveis seres que sempre surpreenderão independente da crença. Tudo o que precisamos é ser abraçados... Simples. A trégua vem do abraço.

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